(Foto por Loic Venance/Getty Images)
O calendário da Seleção brasileira de futebol em 2019 foi cheio. Ao todo, quinze partidas colocaram as mulheres do Brasil em campo, incluindo a Copa do Mundo na França. No último domingo (08), o time comandado por Pia Sundhage fechou as datas de competição com derrota para a China, em partida válida pelos Jogos Preparatórios – um quadrangular realizado em terras chinesas. Mas o ano foi marcado não só por Copa e mudanças técnicas, mas sim pela expectativa do que vem pela frente.
Sabemos e já falamos que a Copa do Mundo trouxe a discussão do futebol feminino para a TV aberta. Que a visibilidade está trazendo ótimos frutos e que, daqui para frente, não há mais caminho para regredir. A partir da Copa, jogos do Brasil passaram em canais abertos. Mais veículos de imprensa ganharam vozes e outros abriram os olhos para a modalidade.
Mas 2019 também está marcado pelo calendário do time verde e amarelo. Foram quinze partidas disputadas – 3 jogos na SheBelieves, 4 amistosos, 4 partidas na Copa do Mundo, 2 jogos do Torneio Uber e os 2 últimos, neste mês, na China. Nos dois quadrangulares disputados – o Torneio Uber e os Jogos Preparatórios da China – o Brasil venceu bem a primeira partida (5×0 contra Argentina e 4×0 contra o Canadá, respectivamente em cada campeonato), mas acabou caindo nas finais. Ambas nos pênaltis, para Chile e China.
O trabalho da sueca e de sua comissão técnica ainda está sob análise de olhos muito atentos. Muitas jogadoras ainda estão em fase de avaliação e outras – aos poucos – estão perdendo seus espaços. A técnica acompanhou de perto algumas partidas fora do país e é muito aguardada para a segunda partida da final do Campeonato Paulista entre Corinthians x São Paulo neste sábado (16). Tem muita jogadora nova pedindo passagem e experientes querendo seu espaço entre as convocadas.
Pia assumiu a seleção após a Copa do Mundo e tem muito trabalho pela frente (Foto por Nelson Almeida/Getty Images)
A linha “conservadora” nas convocações tem provocado a ira de alguns torcedores. Acreditamos que a própria Pia sabe disso e a cobrança virá logo. Sobre a última partida do Brasil no ano, a expectativa era grande após a goleada sobre o time de Sinclair, Beckie e companhia.
E a própria técnica reconheceu algumas falhas, que levaram a partida do 0x0 para as penalidades. “Começando pelas más, tentamos construir jogadas no primeiro tempo e elas (chinesas) nos pressionaram, mas não conseguimos lidar com isso. Depois de um tempo, mudamos bastante e, enquanto a China não conseguia pressionar tanto, criamos muitas chances”, declarou Sundhage à CBF, que segue sem derrotas à frente da seleção em 6 partidas.
Pia sabe que tem um fardo pesado, que é iniciar 2020 com as rédeas em suas mãos. Assim esperamos!