Um narrador jovem, de apenas 25 anos, vindo da periferia de São Paulo e que já conquistou seu lugar em uma das maiores emissoras de esportes do país. Esse é um breve resumo da curta, mas já impactante carreira de André Felipe, narrador da TNT Sports e entrevistado pelo Blog 4-3-3. Confira a entrevista na íntegra:
R: Começou nessa idade mesmo. Os colegas e amigos da escola que conversavam comigo diziam que eu falava muito rápido, então comecei a ouvir narrações de rádio e comecei a reproduzir do meu jeito e as pessoas ouviam atentamente. Depois eu brincava de narrar na aula de educação física, jogos de videogame e treinando sozinho. Foi assim que tomei a decisão de viver dessa profissão.
R: Eu iniciei carreira quando cursava faculdade de Jornalismo, no quinto semestre, em 2018, surgiu a oportunidade de trabalhar na Web Rádio Datafoot. Lá ganhei muita experiência e pude me desenvolver, e viver, de perto uma transmissão de rádio. Cobri jogos in loco nos estádios em São Paulo, grandes decisões e partidas. Fiquei até 2020, quando também ingressei na equipe da Web Rádio Rede Contínua. Além dos jogos de futebol, também tive a experiência de narrar jogos de futebol virtual, o e-sports, pela Global Fut Club. Todas essas experiências foram magníficas e fundamentais para que eu pudesse chegar até aqui.
R: Na rádio a maior dificuldade, de fato, é manter um ritmo forte pra partida. Porque nem sempre todo jogo é movimentado e cheio de reviravoltas, então manter a pessoa na audiência é um grande desafio. Agora na TV é conciliar o uso da fala com a imagem. Simplesmente porque o telespectador está vendo a mesma imagem que o narrador vê, por isso é importante tentar dosar sempre para não haver atropelamento ou ir até mesmo contra a imagem.
R: É sensacional. Todos me receberam de peito aberto e com muito carinho. Todos os profissionais são muito competentes, independente da área, colocando o máximo sempre.
Se doam em todo objetivo que traçam. Isso é muito legal e contagiante. Uma experiência que jamais esquecerei e que me toca muito, porque é um objetivo e um sonho realizado em fazer parte desse timaço.
R: A partida mais emocionante foi a primeira que fiz em um estádio. Foi um Choque-Rei no Allianz Parque, vitória por 3 a 1 do Palmeiras em 2018. Foi muito significativo, pois foi a minha primeira transmissão de um jogo profissional. Vale dizer também que os jogos feitos na TNT Sports são especiais, também guardo com muito orgulho e carinho, mas a primeira foi muito marcante. E o jogo que gostaria de ter narrado é o jogo do Penta. Foi minha primeira Copa do Mundo que tive uma noção do que estava acontecendo, se tivesse um jogo que gostaria de ter narrado seria esse.
R: De verdade, nenhum. Acho que a visão do esporte de cada um é diferente, então tudo é válido dentro do limite do respeitável. E assim, nunca parei para pensar nesse tema também. Talvez não exista algo que de fato realmente me irrite.
R: Um trabalho que já foi mais animador. Hoje é uma incerteza o futuro da Seleção, do que ela pode apresentar na Copa do Mundo, nas Eliminatórias o Brasil sobra só que o rendimento não agrada. Então o ciclo do Tite me parece estar no final e que só saberemos como terminará na Copa. A avaliação até aqui é boa, os números estão aí, porque não passou sufoco e está invicto, mas as atuações, alternativas e modelo de jogo ainda me deixam com dúvidas aonde a Seleção irá chegar.
R: Vou escalar a minha seleção com jogadores que vi jogar: Buffon; Cafú, Maldini, Cannavaro, Roberto Carlos; Zidane, Pirlo, Messi, Cristiano Ronaldo; Ronaldo e Neymar
R: Desejar um grande abraço para o seu público e, mais sucesso no trabalho, e também a oportunidade e pelo espaço cedido.